sábado, outubro 30, 2004

Recebi por e-mail. Não acho que o "inteligência" petista seja tão melhor assim, mas sem dúvida os pontos indicados abaixo dão o que pensar...

que Deus tenha pena dessa cidade amanhã...

Anderson, que tem medo da tal "festa da democracia" e da mídia que gera em torno dela
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CANSEI DA CLASSE MÉDIA PAULISTANA QUE:
1. Já votou no Collor, no Maluf, no Pitta, mas debocha do 'povinho burro iludido pelo PT'.

2. Xinga a 'indústria da multa', e acelera o carro quando o semáforo passa do amarelo ao vermelho.

3. Acha imparcial a imprensa que publica 'PT AUMENTA IPTU' na manchete e 'SP realinha IPVA' em nota do caderno de economia.

4. Critica a taxa do lixo, da luz, mas paga mais caro, sem reclamar, os pedágios nas rodovias estaduais.

5. Julga um absurdo a faxineira da firma chegar em casa mais rápido, usando os corredores de ônibus, enquanto o gerente e seu carrão ficam presos no trânsito.

6. Ataca o 'apagão' da saúde municipal, mas não se atreve a levar a mãe doente a algum hospital do Estado.

7. Considera supérfluo piscina, computador, cursos de arte nos CEUs, enquanto ela tem de pagar por tudo isso na escola particular de seus pimpolhos.

8. Pragueja contra as 300 mil pessoas nas Ruas de Lazer, porque atrapalham a visita semestral da tia-avó de Tatuí.

9. Acha o programa de renda mínima um incentivo à vagabundagem, pois as diaristas não aceitam mais trabalhar por dez reais.

10. Censura a 'arrogância' da Marta, mas é incapaz de dar bom-dia ao porteiro

quarta-feira, outubro 27, 2004

Gato transgênico que não dá alergia

Helena, arruma um gato deste para eu poder segurar um no colo sem espirrar quando eu estiver na sua casa. O problema é que um felino deste tipo não sai por menos de U$ 3.500. Mas nada que um made in China não resolva este problema.

http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2004/out/27/160.htm
O Rubens Ewald gostou mais do vol. 1

Fiquei surpreso só de ver ele falando bem do Tarantino e do Kill Bill. E ainda mais de saber que ele gostou mais do vol. 1. Mais para mim, a melhor informação da crítica dele foi saber que a seqüência de matança no night club japonês é em preto e branco, por uma questão de censura americana. Segundo ele, a a versão japonesa é em cores. A que chegou no Brasil, infelizmente, é igual a americana.

http://cinema.uol.com.br/dvd/lancamentos.jhtm

sexta-feira, outubro 22, 2004

André,

Tarantino vol. II*

larga de viadagem... é fácil entender o lance do KB I e II. Se você se identificou mais com o segundo é pq aflorou em você o instinto materno... ops... paterno**. O KB II resgata os valores da família, da busca da felicidade a qualquer preço. Esse retorno ao primal é como um saída popular ao capitalismo arranca cabeças do KB I. Provavelmente Tarantino está tentando nos dizer (???) que a saída para o mundo selvagem que vivemos virá da própria vida selvagem e que a leoa vai poder mais que o leão... Acho que Negri não tinha pensado nisso n´O Império... risos.

Bem, tudo isso dito: você vai me arrumar o telefone do Geraldo ou terei de usar a técnica dos cinco pontos que arrebantam o coração?????

Anderson

*a divisão não foi imposta pela Miramax
** por essa frase, eu deveria ganhar uma comissao do seu terapeuta, vai render mais uns anos de análise
Ainda bem que eu já tinha puxado o carro de lá

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u100945.shtml
Agora eu também sou fã

Já que todos estão falando de Kill Bill volume 2, vou colocar aqui minha modesta crítica, que era para ter sido feita logo que vi o filme, na pré-estréia, mas que acabei deixando passar.

Primeiro, concordarei com uma crítica que vi do Zé Wilker no Telecine: não existe Kill Bill 1 e 2. Sempre foi um filme só, mas a Miramax exigiu que Tarantino dividisse a saga em duas. Há uma continuidade absurdo entre os dois, não dá para separá-los. Por isso, esse lance de o Volume 1 ser masculino e o Volume 2 ser feminino é conversa pra boi dormir. E ainda existe outra razão para deixar o boi com sono.

Há uma fonte onde Kill Bill bebe, e com sofreguidão: John Ford, especificamente com o maravilhoso (um dos meus filmes preferidos!!) Rastros de Ódio. Obra prima do cinema, o filme é um faroeste de verdade, em que o machão John Wayne é um caubói que quer empalar todos os índios que vê pela frente e onde todos esses índios merecem mesmo o empalamento.

Pura e típica saga americana, do tempo em que o nefasto "politicamente correto" não existia, o filme é forte, viril, duro. Mas consegue ser poético e ter uma das melhores cenas do cinema americano, uma cena terrível e maravilhosa ao mesmo tempo, imitada à exaustão: John Wayne olhando da porta os corpos da sua família que foi dizimada pelos índios cheyennes. Vc não vê a família estraçalhada. Mas vc VÊ essa família pelos olhos dele.

Bem, bem, onde colocamos Tarantino nisso tudo? No final de Rastros de Ódio , Wayne recupera a sobrinha que estava crescendo no meio dos índios assassinos, que sobreviveu ao massacre e foi rapaptada por eles, e tudo fica em paz na selva do Grand Canyon americano. Bingo.

Considero Kill Bill o melhor Tarantino, o menos pretensioso, o mais bem acabado, os diálogos da "segunda parte" salvam com louvor a fraqueza da primeira parte nesse "setor". Esse Tarantino é fantasia pura, cinema de ficção elevado à enésima potência, mas bom, bom, bom, como, na minha opinião, só os filmes de ficção conseguem ser. Tomara que ele continue mais nessa linha e que, os fãs me perdoem, menos na de Cães de Aluguel.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Tarantino
André,
você pode me arrumar o telefone do Geraldo?
Grato,
Anderson

terça-feira, outubro 19, 2004

Eu amo o Google

Não é a primeira vez que declaro esta minha paixão. O Google é sem dúvida o site que eu mais acesso. O mais eficiente, fácil de usar, rápido e detalhe: nunca dá pau ou página não encontrada. Pois é, depois de já ter virado verbo, de ser elevado ao posto de oráculo da cibersociedade, de render milhões aos seus criadores, ele agora também salva vidas.

O Google acaba se salvar um jornalista australiano seqüestrado no Iraque. Ele foi libertado depois que seus seqüestradores confirmaram sua identidade no Google. Graças às informações do encontradas via google, os seqüestradores ficaram convencidos de que ele não trabalhava para o serviço secreto americano ou para alguma empresa americana no Iraque.

Bem-aventurados os internautas porque deles o Google sempre vê, sempre sabe, sempre revela.


segunda-feira, outubro 18, 2004

Motivos para nunca mais por os pés no Recife


1) A falta de educação crônica daquele povo (em um grupo de 15 pessoas com quem conversei na última semana, apenas 1 não reclamou disso).

2) A péssima qualidade dos serviços e atendimento.

3) A sujeira terrível em Boa Viagem que vem da porquice dos bem-nascidos do bairro (o povo passa o dia na praia e depois deixa seu lixo ali mesmo).

4) A falta de consciência ecológica. Pra que recilar? Pra que preservar a praia principal, Boa Viagem? Por que não jogar lixo no meio da rua?

4) A comida gordurosa, pesada e mal-feita que não respeita as verdadeiras tradições.

5) O fato do bolo-de-rolo ser um símbolo da cidade, mas se comer bolos desse tipo de qualidade muito superior em São Paulo ou em João Pessoa.

6) Os preços abusivos da cidade.

7) O trânsito caótico.

8) A violência que não pára de crescer.

9) O descaso social público e notório com a população pobre.

10) O fato do Recife, a passos largos, vir se tornando uma mini-São Paulo.

Motivos para pensar seriamente o Recife, Pernambuco e todo o Nordeste

1) O menino de 14 anos com corpo de 7 em Itamaracá (desnutrição de terceiro grau).

2) O lixo nos mangues de Itamaracá.

3) A velhinha de noventa anos, que deveria estar descansando, vendendo castanha em Calhetas e subindo morros indecentes para sua idade.

4) O desprezo que a elite coronelística tem pelos pobres lá, mais grave ainda do que por essas bandas do Sul e Sudeste. Mais secular, mais arraigado.

5) A miséria social que leva as pessoas a viverem em palafitas imundas numa das maiores cidades do Brasil, num nível de miséria inimaginável.

6) Os tubarões de Boa Viagem, fruto da destruição dos mangues que acabou com a comida deles. Quando eles chegarão a outras praias?

7) O menino de 8 ou 9 anos (ou seria de 14 ou 15?) vendendo artesanto em Boa Viagem e carregando um saco pela praia maior do que ele.


E tantos outros motivos. Eu adoro o Nordeste, abençoadas sejam suas praias, seu sol, seu clima. Mas é triste ver essas coisas, é triste ver tanta beleza natural sendo destruída, é triste demais ver como o povo é maltratado, desprezado. No Recife existe uma preocupação absurda com a elite, com o luxo e a nobreza, e um descaso total pelas mucamas, pelas crianças desnutridas, pelo pobre. Não que no resto do Brasil isso tudo também não seja indecente, mas me parece que no Nordeste o quadro é pior, muito pior. Tive uma semana ótima, peguei muito sol e praia, mas minha cabeça não ´pára de girar com tudo isso e a cena mais chocante da minha vida foi o menino de 14 anos com corpo de 7... eu nunca tinha visto um gabiru ao vivo.





Motivos para voltar a Recife

1) Porto de Galinhas e Maracaípe (onde existe consciência ecológica).

2) Gaibu e Calhetas (onde precisa nascer essa tal consciência).

3) Olinda e sua vista preciosa do Recife.

4) As lojas de artesanato do Aeroporto Internacional.
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5) As pitangueiras da Fundação Gilberto Freyre.

6) Voltar e ver que ressucitaram Itamaracá (lugar lindo, mas que caminha largamente para a destruição)

7) O projeto Peixe-boi Marinho (em Itamaracá, por incrível que pareça).

8) O maracatu.

9) A feirinha de artesanato no Recife Antigo.

10) As piscinas naturais de Boa Viagem (sem olhar para o lado onde senta todo aquele povo bem-nascido e mal-educado).

quarta-feira, outubro 13, 2004

Titanic tirou zero em química sexual

Eu adoro as pesquisas britânicas. Lá os pesquisadores recebem bolsas públicas ou encomendas privadas para pesquisar temas como a químia sexual em filmes românticos de sucesso. A lista dos casais do cinema com maior química é até meio óbvia. O mais legal é o casal que recebeu nota zero: Kate Winslet e Leonardo DiCaprio (A Lyara não vai concordar é claro, mas quem brinca de Titanic subindo na proa do veleiro e abrindo os braços não conta).

Segundo os pesquisadores, o casal não tem química sexual e eles confessam seu amor um pelo outro de forma muito rápida.

O campeão foi o filme Harry e Sally, Feitos um para o Outro, com Meg Ryan e Billy Crystal, com menção a cena clássica dela fingindo um orgasmo no meio do restaurante.

Entre os vencedores, há ainda Ingrid Bergman e Humphrey Bogart em Casablanca; Audrey Hepburn e George Peppard, em Bonequinha de Luxo; Scarlett Johansson e Bill Murray, em Encontros e Desencontros; e Julia Roberts e Richard Gere, em Uma Linda Mulher. A matéria sobre a pesquisa está na BBC.

De acordo com os pesquisadores, a voz, o contato do olhar, a linguagem corporal e a excitação podem ser utilizados para medir a química sexual.


quarta-feira, outubro 06, 2004

MINHA PRIMEIRA VEZ....

....com o Cinema brasileiro ! O ano era 1987 e eu, então um púbere, li no jornal - o Caderno 2 acabara de entrar em circulação - sobre a estréia de "Romance da Empregada", novo filme da LC Barreto. Naquele fim de década, o cinema brasileiro vivia dias de decadência, por questões que variavam da chegada do vídeo cassete ao não cumprimento à Lei do Curta, e filmes produzidos por aqui eram sinônimo de pornografia barata.
Uma tarde tomei coragem e do "alto" dos meus 13 anos fui ver o filme no "Ipiranga", uma das poucas salas do Centro que resistem passando filmes não pornôs ainda hoje, e tive uma bela surpresa.
A história da suburna que conhece um velhote rico (Brandão Filho em saudosa interpretação) me apresentou uma Betty Faria em um papel muito distante daquele que estava acostumado a ver nas novelas. ( A cena em que Daniel Filho, marido de Betty na trama, se masturba porque ela não quis transar com ele pela "décima" noite consecutiva ainda está viva na memória. Nada se mostra, a não ser a cara de "tensão" de Daniel no começo da seqüência e de "alívio" no final. Elipse genial.) Tudo era diferente dos universos glamourizados pela Globo, de quem sempre fui fã na ficção. Prova de que a emissora não só estabeleceu um "padrão de produção" como também criou o "star system" no Brasil, onde os atores interpretam sempre "os mesmos" papéis. Resultado: apaixonei-me perdidamente pelo cinema brasileiro e com a chegada do vídeo cassete em minha casa, ainda naquele ano, passei a ver os mais diversos filmes, mesmo que em muitos casos, como por exemplo quando assisti "Terra em transe" de Glauber, eu não entedesse nada (confesso que continuo não entendendo o Cinema Novo até hoje -rs). Voltei do cinema no dito dia e tive que explicar para a família inteira o que tinha ido ver. Meu pai sorriu cúmplice. Minha mãe fez cara de quem achava que o filho estava começando a ficar tarado (tinha razão) e eu, sortudo por não ter sido reprendido, ganhei mais uma forma de olhar o mundo. Perdura até hoje.
Confesso: não sou de desenvolver obsessões, mas o cinema brasileiro em mim é "patologia". Interfere diretamente no meu jeito de ver a vida e o País. Por que lembrei de tudo isto ? Ontem estive com Cacá Diegues e Luiz Carlos Barreto, animais essencialmente cinematográficos, mesmo com todas as críticas que podem ser feitas a eles, para o lançamento da Coleção Brasil da Paramount, que entre outros títulos trará em DVD não só "O Romance da Empregada", mas também "Bye Bye Brazil" e "Dona Flor e seus Dois Maridos", maior bilheteria do cinema nacional até hoje, com mais de 10 milhões de ingressos vendidos. Cacá tinha razão: o cinema brasileiro é mesmo um "ESPETÁCULO" !!!!!

PS - Foto do filme em www.fotolog.net/viagemdaimagem .

segunda-feira, outubro 04, 2004

E aí galera como foram de ELEIÇÕES???? Cupriram com o dever cívico? Meu voto como sempre foi vermelho e meus candidatos perderam, o reinado do PSDB continua em Jundiaí. E aqui no rio César Maia na cabeça! Irrrkkkk! PFL no comando logo no primeiro turno! A única coisa boa é que não teremos segundo turno e nem mais propaganda política. Enquanto vcs. aí vão encarar mais um perído de disputa acirrada

sexta-feira, outubro 01, 2004

Antes e Depois

O Festival de Cinema do Rio está bombando mas devido aos meus horários pouco viáveis e sessões esgotadas resolvi não me extressar acabei só vendo um filme francês chato ( isso é redundância?) e um outro muito legal não francês, mas com um atriz francesa que se passa em Paris - Antes do Pôr-do-Sol. Vc.s se lembram de Antes do Amanhecer? Pois é a continuação desse último, os mesmos personagens que passaram um dia passeando e divagando por Viena nove anos depois se reencontram e passam um par de horas passeando e divagando as margens do Sena. As diferenças entre o casal de vinte anos e o de trinta são o charme do filme, nesse segundo os personagens falam ainda mais do que no primeiro, assuntos vários: os males do mundo, a sociedade, os americanos e os franceses, vaidade, vida amorosa , sexo... Muito papo em pouco menos de duas horas corridas, praticamente não existem elipses de tempo a conversa flui dinâmica interessante. Tudo normal, uma trilha bacaninha, nada de melodramas e situações forçadas mas obviamente com um toque de romantismo, que quase vai por água abaixo por causa de uma crise de balzaquiana da personagem feminina, um das melhores e mais francas que já vi no cinema. Enfim ótimos diálogos, boa direção, falta de excessos e muitas referências a nossa geração fazem do filme uma pequena pérola e algo de imperdível quando entrar em cartaz no circuitinho.