Agora eu também sou fã
Já que todos estão falando de Kill Bill volume 2, vou colocar aqui minha modesta crítica, que era para ter sido feita logo que vi o filme, na pré-estréia, mas que acabei deixando passar.
Primeiro, concordarei com uma crítica que vi do Zé Wilker no Telecine: não existe Kill Bill 1 e 2. Sempre foi um filme só, mas a Miramax exigiu que Tarantino dividisse a saga em duas. Há uma continuidade absurdo entre os dois, não dá para separá-los. Por isso, esse lance de o Volume 1 ser masculino e o Volume 2 ser feminino é conversa pra boi dormir. E ainda existe outra razão para deixar o boi com sono.
Há uma fonte onde Kill Bill bebe, e com sofreguidão: John Ford, especificamente com o maravilhoso (um dos meus filmes preferidos!!) Rastros de Ódio. Obra prima do cinema, o filme é um faroeste de verdade, em que o machão John Wayne é um caubói que quer empalar todos os índios que vê pela frente e onde todos esses índios merecem mesmo o empalamento.
Pura e típica saga americana, do tempo em que o nefasto "politicamente correto" não existia, o filme é forte, viril, duro. Mas consegue ser poético e ter uma das melhores cenas do cinema americano, uma cena terrível e maravilhosa ao mesmo tempo, imitada à exaustão: John Wayne olhando da porta os corpos da sua família que foi dizimada pelos índios cheyennes. Vc não vê a família estraçalhada. Mas vc VÊ essa família pelos olhos dele.
Bem, bem, onde colocamos Tarantino nisso tudo? No final de Rastros de Ódio , Wayne recupera a sobrinha que estava crescendo no meio dos índios assassinos, que sobreviveu ao massacre e foi rapaptada por eles, e tudo fica em paz na selva do Grand Canyon americano. Bingo.
Considero Kill Bill o melhor Tarantino, o menos pretensioso, o mais bem acabado, os diálogos da "segunda parte" salvam com louvor a fraqueza da primeira parte nesse "setor". Esse Tarantino é fantasia pura, cinema de ficção elevado à enésima potência, mas bom, bom, bom, como, na minha opinião, só os filmes de ficção conseguem ser. Tomara que ele continue mais nessa linha e que, os fãs me perdoem, menos na de Cães de Aluguel.
Já que todos estão falando de Kill Bill volume 2, vou colocar aqui minha modesta crítica, que era para ter sido feita logo que vi o filme, na pré-estréia, mas que acabei deixando passar.
Primeiro, concordarei com uma crítica que vi do Zé Wilker no Telecine: não existe Kill Bill 1 e 2. Sempre foi um filme só, mas a Miramax exigiu que Tarantino dividisse a saga em duas. Há uma continuidade absurdo entre os dois, não dá para separá-los. Por isso, esse lance de o Volume 1 ser masculino e o Volume 2 ser feminino é conversa pra boi dormir. E ainda existe outra razão para deixar o boi com sono.
Há uma fonte onde Kill Bill bebe, e com sofreguidão: John Ford, especificamente com o maravilhoso (um dos meus filmes preferidos!!) Rastros de Ódio. Obra prima do cinema, o filme é um faroeste de verdade, em que o machão John Wayne é um caubói que quer empalar todos os índios que vê pela frente e onde todos esses índios merecem mesmo o empalamento.
Pura e típica saga americana, do tempo em que o nefasto "politicamente correto" não existia, o filme é forte, viril, duro. Mas consegue ser poético e ter uma das melhores cenas do cinema americano, uma cena terrível e maravilhosa ao mesmo tempo, imitada à exaustão: John Wayne olhando da porta os corpos da sua família que foi dizimada pelos índios cheyennes. Vc não vê a família estraçalhada. Mas vc VÊ essa família pelos olhos dele.
Bem, bem, onde colocamos Tarantino nisso tudo? No final de Rastros de Ódio , Wayne recupera a sobrinha que estava crescendo no meio dos índios assassinos, que sobreviveu ao massacre e foi rapaptada por eles, e tudo fica em paz na selva do Grand Canyon americano. Bingo.
Considero Kill Bill o melhor Tarantino, o menos pretensioso, o mais bem acabado, os diálogos da "segunda parte" salvam com louvor a fraqueza da primeira parte nesse "setor". Esse Tarantino é fantasia pura, cinema de ficção elevado à enésima potência, mas bom, bom, bom, como, na minha opinião, só os filmes de ficção conseguem ser. Tomara que ele continue mais nessa linha e que, os fãs me perdoem, menos na de Cães de Aluguel.
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