Não gostei mesmo do filme!!! E olha que eu adoro Almodóvar já vi TODOS os outros filmes dele. Outras histórias sórdidas, outras histórias de gays... outros roteiros rocambolescos.... mas esse superou todos e ficou muito ruim! O filme é chato, sem ritmo, exagera em várias situações, a trilha sonora é repetitiva e pesada. Falta o humor, a ironia, o toque irreverente. Mas acima de tudo falta o lirismo sempre presente na obra do Almodóvar, nenhum personagem cativa, nenhuma cena emociona... Enfim fiquei muito decepcionada.... bem... ninguém é perfeito!! Mas eu infantilmente acreditava que o Almodóvar era.
terça-feira, novembro 30, 2004
Péssima Educação
Não gostei mesmo do filme!!! E olha que eu adoro Almodóvar já vi TODOS os outros filmes dele. Outras histórias sórdidas, outras histórias de gays... outros roteiros rocambolescos.... mas esse superou todos e ficou muito ruim! O filme é chato, sem ritmo, exagera em várias situações, a trilha sonora é repetitiva e pesada. Falta o humor, a ironia, o toque irreverente. Mas acima de tudo falta o lirismo sempre presente na obra do Almodóvar, nenhum personagem cativa, nenhuma cena emociona... Enfim fiquei muito decepcionada.... bem... ninguém é perfeito!! Mas eu infantilmente acreditava que o Almodóvar era.
Não gostei mesmo do filme!!! E olha que eu adoro Almodóvar já vi TODOS os outros filmes dele. Outras histórias sórdidas, outras histórias de gays... outros roteiros rocambolescos.... mas esse superou todos e ficou muito ruim! O filme é chato, sem ritmo, exagera em várias situações, a trilha sonora é repetitiva e pesada. Falta o humor, a ironia, o toque irreverente. Mas acima de tudo falta o lirismo sempre presente na obra do Almodóvar, nenhum personagem cativa, nenhuma cena emociona... Enfim fiquei muito decepcionada.... bem... ninguém é perfeito!! Mas eu infantilmente acreditava que o Almodóvar era.
segunda-feira, novembro 29, 2004
The Manchurian Candidate
depois de um stress por motivos que não vou colocar aqui, resolvi me dar um tempo. Fui ao cinema assistir ao filme Sob o Domínio do Mal.
Estava louco para ver há dias. É um dos filmes do ano. Interessante, impertinente e surreal... Deixa no fim uma sensação amarga de uma irrealidade não tão irreal assim.
Um pesadelo que piora ao acordar, ao ver a CNN. Recomendo.
depois de um stress por motivos que não vou colocar aqui, resolvi me dar um tempo. Fui ao cinema assistir ao filme Sob o Domínio do Mal.
Estava louco para ver há dias. É um dos filmes do ano. Interessante, impertinente e surreal... Deixa no fim uma sensação amarga de uma irrealidade não tão irreal assim.
Um pesadelo que piora ao acordar, ao ver a CNN. Recomendo.
Cansaço, chuva e afins....
Motivos para a não realização de um encontro dos membros do clube. Mesmo restrito o encontro foi ótimo e a conversa acelerou a passagem do tempo. Tanto assunto para apenas 2h de solilóquio!!!! Uma pena que vc.s outros não tenham participado, mas aí o tempo ainda mais curto!!!
OBS O real motivo do encontro não ter sido completo é que acho que vc.s depois de velhos estão "açucarando"
OBS 2 O chope do Balcão estava excelente descendo melhor que água...dormi que foi uma maravilha na viagem de volta
Motivos para a não realização de um encontro dos membros do clube. Mesmo restrito o encontro foi ótimo e a conversa acelerou a passagem do tempo. Tanto assunto para apenas 2h de solilóquio!!!! Uma pena que vc.s outros não tenham participado, mas aí o tempo ainda mais curto!!!
OBS O real motivo do encontro não ter sido completo é que acho que vc.s depois de velhos estão "açucarando"
OBS 2 O chope do Balcão estava excelente descendo melhor que água...dormi que foi uma maravilha na viagem de volta
sexta-feira, novembro 26, 2004
O FIM e Princípio,
Publicado na capa da Gazeta Mercantil de hoje, por Márcio Rodrigo*
Fim e o Princípio”, título provisório do pró-ximo documentário de Eduardo Coutinho, em fase de mon-tagem, cabe perfeitamente para os documentários “Entreatos”, de João Moreira Salles e “Peões”, do pró-prio Coutinho, que chegam às salas de cinema hoje. Com o patrocínio da Brasil Telecom — a mesma em-presa acusada de mandar espionar alguns personagens do atual primei-ro escalão da Presidência da Repú-blica brasileira — os documentários são fruto de um projeto conjunto proposto por Salles, no final de 2002, à Rede Globo e que não foram em frente por “questões operacio-nais”. A Globo queria os filmes para exibi-los em questão de dias, e o di-retor pediu ao menos um ano para tê-los prontos.
Dois filmes dos dois maiores documentaristas brasileiros em ati-vidade e um mesmo personagem em foco. Luís Inácio Lula da Silva, também em dois momentos cru-ciais de sua vida: as greves operá-rias do ABC paulista, em 1979 e 1980, que lhe conferiram projeção nacional como líder dos trabalha-dores, e a quarta (e última) cam-panha do mais importante nome do PT à Presidência, depois de três derrotas. Fim e princípio, sem dú-vida, de uma jornada histórica do brasileiro nascido na pobre zona Agreste de Pernambuco, que tinha tudo para viver e morrer no lugar comum, mas ascendeu ao ponto de ocupar a cadeira executiva mais importante do País.
Com propriedade, Amir Labaki, diretor do MIS de São Paulo e pre-sidente do “É Tudo Verdade”, mais importante festival de documentá-rios do Brasil, observou que os fil-mes apresentam dois momentos fundamentais na vida de Lula: “o passado ‘mitológico’, como líder grevista e o atual, no momento em que está prestes a se tornar presi-dente”, sonho acalentado desde 1989 e postergado devido à incom-patibilidade dos antigos discursos de Lula com a elite brasileira. Além de atestar a boa fase que atravessa o cinema documental brasileiro, e de “devolver o poder ao foco deste gênero”, como frisa Carlos Alberto Mattos, autor do li-vro “Eduardo Coutinho, o Cineas-ta que Caiu na Real”, os filmes, ao elegerem dois momentos extremos da vida de Lula, sintetizam as prin-cipais mudanças políticas ocorri-das no País nos últimos 25 anos.
Tal como no clássico “O Leo-pardo”, de 1962, o diretor italiano Luchino Visconti, alerta, por meio da personagem Príncipe de Sali-nas, de que “é preciso que as coi-sas mudem para que se mante-nham como estão”, “Peões” e “En-treatos” explicitam isto fora da ficção, permitindo que se perceba que embora muita coisa tenha mu-dado no Brasil e apesar da vitória histórica de um operário na dispu-ta pela Presidência da República, a situação política continua bem próxima do que sempre foi.
Se, como revela João Moreira Salles, a idéia inicial dos filmes sur-giu para registrar um momento im-portante do Brasil contemporâneo, as imagens captadas por ele, contra-postas as do filme de Coutinho, di-mensionam a figura de um Lula que só conseguiu atingir seus obje-tivos após, realisticamente, ade-quar seus ideais, discursos e, mesmo comportamento, aos da classe média e da elite.Do “sapo barbudo”, como foi pejorativamente chamado por Leonel Brizola, seu con-corrente na corrida presiden-cial de 1989 — a primeira en-frentada por Lula — capaz de comandar uma greve que pa-rou mais de 140 mil operários do ABC, levando o então pre-sidente da Fiesp, Mário Ama-to na eleição de 1989, a decla-rar que caso Lula vencesse as eleições “uns 800 mil empre-sários mudariam do País”, praticamente nada sobrou. Em seu lugar, surge no filme um cavalheiro bem vestido, de gestos comedidos, usando gra-vatas da grife francesa Hèrmes e camisas do estilista Ricardo Almeida, que assume perante às câmeras de Salles, que não tem “saudade nenhuma do tempo que usava macacões nas fábricas”.
No caso de Lula, não foi a “espe-rança que venceu o medo”, como indicava o slogan do marqueteiro Duda Mendonça para celebrar a vitória em 2002.Foi Lula quem se superou, per-mitiu se lapidar e se influenciar por outras linhas de pensamento, buscou alianças com setores até então inimagináveis pelo PT, desbancando assim o “medo” que setores mais conservadores tinham de uma eventual República co-mandada por ele. Compro-vando a eficácia do postula-do de Visconti, o Brasil ele-geu Lula porque teve a sensação de que “as coisas permaneceriam as mesmas” e que somente pontos que não implicassem uma mudança drástica na vida da elite po-deriam vir a ser alterados.
Salles tem razão ao obser-var que “se Lula vencesse ou perdesse, alguma coisa de im-portante estaria sendo dito so-bre o Brasil naquele momen-to”. Lula venceu e superou em parte os velhos preconcei-tos de classe que não aceita-vam um proletariado, asso-ciado ao “comunismo” no centro do poder. Rompeu sim a trajetória de “pessoas de classe média, intelectuais como Jusceli-no, Jango e Fernando Henrique Cardoso, que chegaram ao poder”. Conseguiu o feito, enfim, porque se empenhou em ser muito pareci-do com todos eles. De “peão grevista” a presidente, Lula fez uma longa viagem. Não de retorno a si mesmo e a seus ideais, como alguns críticos inadvertida-mente têm proclamado depois de assistirem aos filmes. Mas de al-guém que percebeu a necessidade de contemplar e tentar conciliar to-das as contradições e paradoxos que formam a complexa sociedade brasileira. “Entreatos” capta com sutileza esta decisão de Lula, mos-trando que mais uma vez Salles tem razão quando afirma que “para além do filme a existência das ima-gens captadas por sua equipe são fundamentais”. Juízos de valor à parte, e posições políticas também, são registros históricos da intimida-de de uma campanha eleitoral de um homem decidido a deixar as marcas de sua experiência não só política, mas humana, na realidade social brasileira. Daqui a cem anos, certamente, cientistas políticos e sociólogos se debruçarão sobre elas para avaliar o legado do governo Lula na História do País.
*Mestre em Cinema Brasileiro pela Unesp.
O princípio e o Fim
Ao começar a captação das imagens para o documentário “Entreatos”, que estréia hoje nos cinemas, simultaneamente com “Peões”, de Eduardo Coutinho, João Mo-reira Salles julgava que faria um filme sobre a “impossibilidade de fazer um filme”. Ao propor o projeto para o então candidato à Presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva, o di-retor temeu que, mesmo com a aprovação de Lula, o acesso às filmagens seria restrito e cer-cado de impossibilidades. Não foi o que ocorreu.
Lula não só consentiu, como absorveu a equipe de Salles no coração de sua campanha. Uma aula de liberdade de expressão de um homem que nos últimos meses, sufocado pela controvérsia que cercou projetos como o da Ancinav e o do Con-selho Federal de Jornalismo, foi acusado de que-rer reinstaurar a censura no País. Salles, por sua vez, soube aproveitar cada momento com o ex-operário grevista, captando nuanças de compor-tamento do hoje presidente praticamente imper-ceptíveis, quando registradas pela imprensa tele-visiva, por exemplo.
A escolha do material filmado — que contou inclusive com imagens captadas por Mariana Mercadante, filha do senador Aloízio Merca-dante, no dia da vitória — recaiu exatamente sobre o lado não público de Lula e seu cotidia-no. Daí o nome do filme ser “Entreatos”. Salles, um confesso perseguidor da narrativa adequada para cada assunto tratado em seus documentá-rios, soube extrair das imagens dos bastidores da campanha do PT o essencial para fazer um filme, que ajuda a esclarecer hoje muitas pos-turas adotadas pelo presidente. Sem se deixar pautar pelos noticiários, montou seu filme exi-bindo um Lula que assume, como qualquer ou-tro operário, que bebia na hora do almoço, que reclama do protocolo que enfrentará caso eleito e que diz não ter saudades do tempo que era operário. Corajoso, se levado em conta que Eduardo Coutinho, em “Peões” — construído a partir de depoimentos de operários anônimos que participaram das greves de 1979 e 1980 no ABC, comandadas por Lula — preferiu supri-mir o depoimento de Luiza, uma das entrevis-tadas, no qual ela comenta os hábitos etílicos do ex-líder sindicalista.
Coutinho, usando mais uma vez seu estilo “talking heads” de fazer documentários, torna-se vítima de sua própria “camisa de força” em “Peões”. Todo o trabalho de resgatar persona-gens anônimos por meio de fotos e filmes da época, como “ABC da Greve”, de Leon Hirs-zman, torna-se praticamente nulo. Os entrevis-tados, redundantes, muito pouco acrescentam ou esclarecem sobre o movimento operário que aju-dou a mudar os rumos da política brasileira na década de 80. Coutinho, em alguns trechos, ape-la para imagens do filme de Hirszman naquilo que parece ser uma tentativa de completar os hiatos que as declarações não preencheram em “Peões”. Apesar desconsiderandar todo o pro-cesso histórico e sociológico que Lula teve que atravessar para chegar à Presidência, “Entrea-tos” é muito mais documental do que “Peões”, atestando a urgência de Coutinho se reciclar, mesmo sendo um gênio do documentário.
Publicado na capa da Gazeta Mercantil de hoje, por Márcio Rodrigo*
Fim e o Princípio”, título provisório do pró-ximo documentário de Eduardo Coutinho, em fase de mon-tagem, cabe perfeitamente para os documentários “Entreatos”, de João Moreira Salles e “Peões”, do pró-prio Coutinho, que chegam às salas de cinema hoje. Com o patrocínio da Brasil Telecom — a mesma em-presa acusada de mandar espionar alguns personagens do atual primei-ro escalão da Presidência da Repú-blica brasileira — os documentários são fruto de um projeto conjunto proposto por Salles, no final de 2002, à Rede Globo e que não foram em frente por “questões operacio-nais”. A Globo queria os filmes para exibi-los em questão de dias, e o di-retor pediu ao menos um ano para tê-los prontos.
Dois filmes dos dois maiores documentaristas brasileiros em ati-vidade e um mesmo personagem em foco. Luís Inácio Lula da Silva, também em dois momentos cru-ciais de sua vida: as greves operá-rias do ABC paulista, em 1979 e 1980, que lhe conferiram projeção nacional como líder dos trabalha-dores, e a quarta (e última) cam-panha do mais importante nome do PT à Presidência, depois de três derrotas. Fim e princípio, sem dú-vida, de uma jornada histórica do brasileiro nascido na pobre zona Agreste de Pernambuco, que tinha tudo para viver e morrer no lugar comum, mas ascendeu ao ponto de ocupar a cadeira executiva mais importante do País.
Com propriedade, Amir Labaki, diretor do MIS de São Paulo e pre-sidente do “É Tudo Verdade”, mais importante festival de documentá-rios do Brasil, observou que os fil-mes apresentam dois momentos fundamentais na vida de Lula: “o passado ‘mitológico’, como líder grevista e o atual, no momento em que está prestes a se tornar presi-dente”, sonho acalentado desde 1989 e postergado devido à incom-patibilidade dos antigos discursos de Lula com a elite brasileira. Além de atestar a boa fase que atravessa o cinema documental brasileiro, e de “devolver o poder ao foco deste gênero”, como frisa Carlos Alberto Mattos, autor do li-vro “Eduardo Coutinho, o Cineas-ta que Caiu na Real”, os filmes, ao elegerem dois momentos extremos da vida de Lula, sintetizam as prin-cipais mudanças políticas ocorri-das no País nos últimos 25 anos.
Tal como no clássico “O Leo-pardo”, de 1962, o diretor italiano Luchino Visconti, alerta, por meio da personagem Príncipe de Sali-nas, de que “é preciso que as coi-sas mudem para que se mante-nham como estão”, “Peões” e “En-treatos” explicitam isto fora da ficção, permitindo que se perceba que embora muita coisa tenha mu-dado no Brasil e apesar da vitória histórica de um operário na dispu-ta pela Presidência da República, a situação política continua bem próxima do que sempre foi.
Se, como revela João Moreira Salles, a idéia inicial dos filmes sur-giu para registrar um momento im-portante do Brasil contemporâneo, as imagens captadas por ele, contra-postas as do filme de Coutinho, di-mensionam a figura de um Lula que só conseguiu atingir seus obje-tivos após, realisticamente, ade-quar seus ideais, discursos e, mesmo comportamento, aos da classe média e da elite.Do “sapo barbudo”, como foi pejorativamente chamado por Leonel Brizola, seu con-corrente na corrida presiden-cial de 1989 — a primeira en-frentada por Lula — capaz de comandar uma greve que pa-rou mais de 140 mil operários do ABC, levando o então pre-sidente da Fiesp, Mário Ama-to na eleição de 1989, a decla-rar que caso Lula vencesse as eleições “uns 800 mil empre-sários mudariam do País”, praticamente nada sobrou. Em seu lugar, surge no filme um cavalheiro bem vestido, de gestos comedidos, usando gra-vatas da grife francesa Hèrmes e camisas do estilista Ricardo Almeida, que assume perante às câmeras de Salles, que não tem “saudade nenhuma do tempo que usava macacões nas fábricas”.
No caso de Lula, não foi a “espe-rança que venceu o medo”, como indicava o slogan do marqueteiro Duda Mendonça para celebrar a vitória em 2002.Foi Lula quem se superou, per-mitiu se lapidar e se influenciar por outras linhas de pensamento, buscou alianças com setores até então inimagináveis pelo PT, desbancando assim o “medo” que setores mais conservadores tinham de uma eventual República co-mandada por ele. Compro-vando a eficácia do postula-do de Visconti, o Brasil ele-geu Lula porque teve a sensação de que “as coisas permaneceriam as mesmas” e que somente pontos que não implicassem uma mudança drástica na vida da elite po-deriam vir a ser alterados.
Salles tem razão ao obser-var que “se Lula vencesse ou perdesse, alguma coisa de im-portante estaria sendo dito so-bre o Brasil naquele momen-to”. Lula venceu e superou em parte os velhos preconcei-tos de classe que não aceita-vam um proletariado, asso-ciado ao “comunismo” no centro do poder. Rompeu sim a trajetória de “pessoas de classe média, intelectuais como Jusceli-no, Jango e Fernando Henrique Cardoso, que chegaram ao poder”. Conseguiu o feito, enfim, porque se empenhou em ser muito pareci-do com todos eles. De “peão grevista” a presidente, Lula fez uma longa viagem. Não de retorno a si mesmo e a seus ideais, como alguns críticos inadvertida-mente têm proclamado depois de assistirem aos filmes. Mas de al-guém que percebeu a necessidade de contemplar e tentar conciliar to-das as contradições e paradoxos que formam a complexa sociedade brasileira. “Entreatos” capta com sutileza esta decisão de Lula, mos-trando que mais uma vez Salles tem razão quando afirma que “para além do filme a existência das ima-gens captadas por sua equipe são fundamentais”. Juízos de valor à parte, e posições políticas também, são registros históricos da intimida-de de uma campanha eleitoral de um homem decidido a deixar as marcas de sua experiência não só política, mas humana, na realidade social brasileira. Daqui a cem anos, certamente, cientistas políticos e sociólogos se debruçarão sobre elas para avaliar o legado do governo Lula na História do País.
*Mestre em Cinema Brasileiro pela Unesp.
O princípio e o Fim
Ao começar a captação das imagens para o documentário “Entreatos”, que estréia hoje nos cinemas, simultaneamente com “Peões”, de Eduardo Coutinho, João Mo-reira Salles julgava que faria um filme sobre a “impossibilidade de fazer um filme”. Ao propor o projeto para o então candidato à Presidência da República, Luís Inácio Lula da Silva, o di-retor temeu que, mesmo com a aprovação de Lula, o acesso às filmagens seria restrito e cer-cado de impossibilidades. Não foi o que ocorreu.
Lula não só consentiu, como absorveu a equipe de Salles no coração de sua campanha. Uma aula de liberdade de expressão de um homem que nos últimos meses, sufocado pela controvérsia que cercou projetos como o da Ancinav e o do Con-selho Federal de Jornalismo, foi acusado de que-rer reinstaurar a censura no País. Salles, por sua vez, soube aproveitar cada momento com o ex-operário grevista, captando nuanças de compor-tamento do hoje presidente praticamente imper-ceptíveis, quando registradas pela imprensa tele-visiva, por exemplo.
A escolha do material filmado — que contou inclusive com imagens captadas por Mariana Mercadante, filha do senador Aloízio Merca-dante, no dia da vitória — recaiu exatamente sobre o lado não público de Lula e seu cotidia-no. Daí o nome do filme ser “Entreatos”. Salles, um confesso perseguidor da narrativa adequada para cada assunto tratado em seus documentá-rios, soube extrair das imagens dos bastidores da campanha do PT o essencial para fazer um filme, que ajuda a esclarecer hoje muitas pos-turas adotadas pelo presidente. Sem se deixar pautar pelos noticiários, montou seu filme exi-bindo um Lula que assume, como qualquer ou-tro operário, que bebia na hora do almoço, que reclama do protocolo que enfrentará caso eleito e que diz não ter saudades do tempo que era operário. Corajoso, se levado em conta que Eduardo Coutinho, em “Peões” — construído a partir de depoimentos de operários anônimos que participaram das greves de 1979 e 1980 no ABC, comandadas por Lula — preferiu supri-mir o depoimento de Luiza, uma das entrevis-tadas, no qual ela comenta os hábitos etílicos do ex-líder sindicalista.
Coutinho, usando mais uma vez seu estilo “talking heads” de fazer documentários, torna-se vítima de sua própria “camisa de força” em “Peões”. Todo o trabalho de resgatar persona-gens anônimos por meio de fotos e filmes da época, como “ABC da Greve”, de Leon Hirs-zman, torna-se praticamente nulo. Os entrevis-tados, redundantes, muito pouco acrescentam ou esclarecem sobre o movimento operário que aju-dou a mudar os rumos da política brasileira na década de 80. Coutinho, em alguns trechos, ape-la para imagens do filme de Hirszman naquilo que parece ser uma tentativa de completar os hiatos que as declarações não preencheram em “Peões”. Apesar desconsiderandar todo o pro-cesso histórico e sociológico que Lula teve que atravessar para chegar à Presidência, “Entrea-tos” é muito mais documental do que “Peões”, atestando a urgência de Coutinho se reciclar, mesmo sendo um gênio do documentário.
quarta-feira, novembro 24, 2004
Catapoft!!!!!!!
Eu caindo da cadeira ao receber por fax o orçamento do carro!!!!!! O valor é bem próximo daquela previsão negra do Edison! Dá vontade de deixar o carro lá mesmo!! Vou brigar com GM!!!! Meu carrinho que nunca teve nada, que tem a manutenção em dia... ai como vida a injusta....QUE RAIVA!!!!!!!!
Se a previsão para o final de ano era de vacas magras, elas agora vão morrer anoréxicas!!!!!!!!!!
Eu caindo da cadeira ao receber por fax o orçamento do carro!!!!!! O valor é bem próximo daquela previsão negra do Edison! Dá vontade de deixar o carro lá mesmo!! Vou brigar com GM!!!! Meu carrinho que nunca teve nada, que tem a manutenção em dia... ai como vida a injusta....QUE RAIVA!!!!!!!!
Se a previsão para o final de ano era de vacas magras, elas agora vão morrer anoréxicas!!!!!!!!!!
terça-feira, novembro 23, 2004
Copy & Paste
Pesquisando no Google, para um press release que estou traduzindo, achei quase sem querer este blog (http://copy-paste.blogspot.com).
É uma idéia simples e original, tipo uma coletânea dos melhores textos de blogs.
Tem um post do dia 28/09/04, muito legal, chamado "Quatro dias enfiado numa pretinha sueca".
Pesquisando no Google, para um press release que estou traduzindo, achei quase sem querer este blog (http://copy-paste.blogspot.com).
É uma idéia simples e original, tipo uma coletânea dos melhores textos de blogs.
Tem um post do dia 28/09/04, muito legal, chamado "Quatro dias enfiado numa pretinha sueca".
O carro pifou!!!!!
Semana passada meu carro parou no meio da av. das américas na Barra da Tijuca. Situação inédita para mim, ter meu carro rebocado! Um drama...acionei o seguro e correu tudo bem. Mas agora ao que tudo indica vou gastar um pequena fortuna com o concerto!!!!!! Alguém pode me dar uma luz sobre os malefícios decorrente da correia dentada ter arrebentado!! O motor de 16 vávulas parece ter ficado danificado. SOCORRO!!!!!!!!!!
Semana passada meu carro parou no meio da av. das américas na Barra da Tijuca. Situação inédita para mim, ter meu carro rebocado! Um drama...acionei o seguro e correu tudo bem. Mas agora ao que tudo indica vou gastar um pequena fortuna com o concerto!!!!!! Alguém pode me dar uma luz sobre os malefícios decorrente da correia dentada ter arrebentado!! O motor de 16 vávulas parece ter ficado danificado. SOCORRO!!!!!!!!!!
domingo, novembro 21, 2004
O BRASIL NÃO CONHECE O BRASIL.....
PUTA que o pariu !!!!!
Não há nada mais que possa fazer senão xingar !!!!
O Rio é uma cidade LINDA, incomparável e no entanto virou de fato um "Bangue-bangue Mulato".
É preciso decretar intervenção no Estado, começando pelo Palácio da "Governadora" que não conseguia antes de ocupar o cargo de administradora do segundo estado mais rico da federação sequer coordenar sozinha a cozinha das Laranjeiras....ts,ts...
Hoje, angolanos assaltados. Ontem, um turista espanhol morto no Aterro.
Sim, como explicaram Darlan e Lyara a imprensa faz muito alarmismo com a violência. E É PARA FAZER MESMO !!!! Ocorre que o Rio é um dos cartões-postais do Mundo e porta de entrada para todo turista estrangeiro. Creio que ao lado da cidade somente Paris e Londres chamem tanto atenção do imaginário humano e no entanto, turista brasileiros e de fora e os próprios cariocas estão cada dia mais tolidos de desfrutar de sua própria cidade.
Não se pode deixar macular a paisagem desta maneira !!!! Há saída desde que haja vontade política, Estadual e FEDERAL. Qunato tempo mais Lula vai demorar para intervir ?
PS- E o Brasil ficou bem menos inteligente esse finde.... lá se foi Celso Furtado.... e ainda tenho que olhar para a cara de "patso" do Mantega na capa da "Isto É".. MEDA !!!! O BNDES virou um balcão de negócios... para estrangeiros levarem grana a juros baixos e enviarem lucros altos ao exterior....
PUTA que o pariu !!!!!
Não há nada mais que possa fazer senão xingar !!!!
O Rio é uma cidade LINDA, incomparável e no entanto virou de fato um "Bangue-bangue Mulato".
É preciso decretar intervenção no Estado, começando pelo Palácio da "Governadora" que não conseguia antes de ocupar o cargo de administradora do segundo estado mais rico da federação sequer coordenar sozinha a cozinha das Laranjeiras....ts,ts...
Hoje, angolanos assaltados. Ontem, um turista espanhol morto no Aterro.
Sim, como explicaram Darlan e Lyara a imprensa faz muito alarmismo com a violência. E É PARA FAZER MESMO !!!! Ocorre que o Rio é um dos cartões-postais do Mundo e porta de entrada para todo turista estrangeiro. Creio que ao lado da cidade somente Paris e Londres chamem tanto atenção do imaginário humano e no entanto, turista brasileiros e de fora e os próprios cariocas estão cada dia mais tolidos de desfrutar de sua própria cidade.
Não se pode deixar macular a paisagem desta maneira !!!! Há saída desde que haja vontade política, Estadual e FEDERAL. Qunato tempo mais Lula vai demorar para intervir ?
PS- E o Brasil ficou bem menos inteligente esse finde.... lá se foi Celso Furtado.... e ainda tenho que olhar para a cara de "patso" do Mantega na capa da "Isto É".. MEDA !!!! O BNDES virou um balcão de negócios... para estrangeiros levarem grana a juros baixos e enviarem lucros altos ao exterior....
segunda-feira, novembro 15, 2004
Que falta de educação, Almodóvar!
o filme é muito ruim e ainda por cima acho que o Bernal se expoe demais e à atoa...
Tenha dó...
só me resta agora sonhar com os sonhadores
o filme é muito ruim e ainda por cima acho que o Bernal se expoe demais e à atoa...
Tenha dó...
só me resta agora sonhar com os sonhadores