Marcio, o novo prometeu
Márcio, para que meu post - o primeiro após um longo silêncio - nao soe tão desagradável, vou comecar pelo elogio. Parabéns pela sacada do aspecto noir do filme Sobre Meninos e Lobos. Pelo menos do li, e não li muito, para ser sincero, foi a melhor sacada que um critico poderia ter sobre esse filme. Ele é isso mesmo e com todos os elementos fundamentais.
A ver o que diz Mattos, autor do livro O Outro Lado da Noite - filme noir, um estudo sobre o assunto: "O verdadeiro filme noir, na nossa concepção, (...) tem que (ter) o tom deprimente e pessimista, o clima de corrupção, morte, angústia, loucura e fatalismo" (página 35).
Pena que você não enveredou por essa discussão.
Agora, meu amigo, os seus comentários sobre O Senhor dos Anéis não permitem defesa. E não vou fazê-la mesmo. De fato, dez horas na vida de uma pessoa não é nada desprezível e devemos aproveita-las bem. Não gostar do filme ou mesmo do livro ou mesmo do gênero fantasia é justo e opcional de cada um, mas não se pode dizer um monte de equívocos sem um mínimo conhecimento do assunto.
Acho que essa discussão sobre previsibilidade de uma história precisa ser relativizada para as adaptações, não? Ainda mais para adaptações/matrizes como os livros do Tolkien.
Pelo seu conceito, nunca mais ninguém vai poder fazer uma releitura de Shakespeare, digamos Romeu e Julieta, porque creio que toda a população deste planeta que tem dinheiro para comprar um ingresso já sabe o final da história, não?
Acho que seu principal equívoco sobre a questão é não perceber a tênue distinção entre o original e a cópia, aquela coisa do gênio, dos mestre e dos técnicos, que o Pound fala na sua obra...
Márcio,
1. pela sua linha de raciocínio, é como se eu me perguntasse ( e eu me perguntei na primeira vez) porque o Cidadão Kane é tão cultuado, aquela linguagem manjada documental, aquela criticazinha à midia e etc e tal... Ou ainda, ao ver Psicose, dizer que já dá para saber no início que o Bates é a mãe...
2. é inegável que existe uma intertextualidade muito grande e, aos olhos de hoje, algumas idéias do Tolkien podem ser mal apropriadas. Não vejo novidade nenhuma nisso, fazem isso todos os dias por ai com alguns livros sagrados que são lidos ipisis literis, descontextualizados e anacronizados...
3. e para não me alongar - já que disse que não faria, mas a minha fúria momentanea faz com que eu tenha vontade de te acorrentar com uma águia comendo infinitamente seu fígado para todo o sempre -, DEFINITIVAMENTE, um presidente americano não discursaria como Aragorn no fim do filme, QUALQUER UM DELES, ficaria com o anel, para a perdição inequívoca do mundo...
Márcio, para que meu post - o primeiro após um longo silêncio - nao soe tão desagradável, vou comecar pelo elogio. Parabéns pela sacada do aspecto noir do filme Sobre Meninos e Lobos. Pelo menos do li, e não li muito, para ser sincero, foi a melhor sacada que um critico poderia ter sobre esse filme. Ele é isso mesmo e com todos os elementos fundamentais.
A ver o que diz Mattos, autor do livro O Outro Lado da Noite - filme noir, um estudo sobre o assunto: "O verdadeiro filme noir, na nossa concepção, (...) tem que (ter) o tom deprimente e pessimista, o clima de corrupção, morte, angústia, loucura e fatalismo" (página 35).
Pena que você não enveredou por essa discussão.
Agora, meu amigo, os seus comentários sobre O Senhor dos Anéis não permitem defesa. E não vou fazê-la mesmo. De fato, dez horas na vida de uma pessoa não é nada desprezível e devemos aproveita-las bem. Não gostar do filme ou mesmo do livro ou mesmo do gênero fantasia é justo e opcional de cada um, mas não se pode dizer um monte de equívocos sem um mínimo conhecimento do assunto.
Acho que essa discussão sobre previsibilidade de uma história precisa ser relativizada para as adaptações, não? Ainda mais para adaptações/matrizes como os livros do Tolkien.
Pelo seu conceito, nunca mais ninguém vai poder fazer uma releitura de Shakespeare, digamos Romeu e Julieta, porque creio que toda a população deste planeta que tem dinheiro para comprar um ingresso já sabe o final da história, não?
Acho que seu principal equívoco sobre a questão é não perceber a tênue distinção entre o original e a cópia, aquela coisa do gênio, dos mestre e dos técnicos, que o Pound fala na sua obra...
Márcio,
1. pela sua linha de raciocínio, é como se eu me perguntasse ( e eu me perguntei na primeira vez) porque o Cidadão Kane é tão cultuado, aquela linguagem manjada documental, aquela criticazinha à midia e etc e tal... Ou ainda, ao ver Psicose, dizer que já dá para saber no início que o Bates é a mãe...
2. é inegável que existe uma intertextualidade muito grande e, aos olhos de hoje, algumas idéias do Tolkien podem ser mal apropriadas. Não vejo novidade nenhuma nisso, fazem isso todos os dias por ai com alguns livros sagrados que são lidos ipisis literis, descontextualizados e anacronizados...
3. e para não me alongar - já que disse que não faria, mas a minha fúria momentanea faz com que eu tenha vontade de te acorrentar com uma águia comendo infinitamente seu fígado para todo o sempre -, DEFINITIVAMENTE, um presidente americano não discursaria como Aragorn no fim do filme, QUALQUER UM DELES, ficaria com o anel, para a perdição inequívoca do mundo...
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial