Senhor de Deus !!!!
Sobre a premiação de "Cidade de Deus" claro que torcerei para que o filme leve uma única estatueta que seja. Como observa Darlan, a quebra de um tabu e o desprendimento definitivo desta fixação que temos por este prêmio ajudará nos rumos que nosso cinema pode tomar.
Mais que isto, a vitória dá munição aos realizadores para conseguirem políticas mais efetivas para o setor em um momento em que o Minc convida a classe para discussão de uma Lei Geral do Audiovisual e a transformação da Ancine em Ancinav. Também estimula que empresas invistam ainda mais no setor cultural que hoje dá mais empregos que a indústria automobilística no Brasil.
As indicações também gerarão polêmicas vindas dos "ressentidos do Cinema Novo". Claro que as "viúvas de Glauber", como a crítica e intelectual Ivana Bentes, dirão que a indicação confirma a estetização da miséria, a estética publicitária do filme e blá, blá, blá....... não vale a pena sequer repassar isto. Fernando Meirelles e equipe são melhores que todas as críticas.
Quanto aos "Anéis" vão se eles, ficam-se os dedos.... sim, eles levarão várias estatuetas e a questão está que na "narrativa " de sempre, o maniqueismo, o escapismo e tudo aquilo que Hollywood aprendeu a fazer para se tornar a maior matriz de ficção do planeta, fabricando, na maioria dos casos, sonhos com lugares alhures e inexistentes .... nada de novo sobre o sol, mas os fãs do "Senhor dos Anéis" não pensam isto claro. Respeito.
Quanto ao fato de serem feitos na Nova Zelândia, hoje existe uma entidade chamada AFCI que hospeda sites de cidades no mundo todo, explicando tudo que cada uma pode oferecer para a realização de uma produção cinematográfica. Largamente utilizada por produtores. Legal que "Os Anéis" tenham eleito a Nova Zelândia.
Anderson em uma de suas respostas me disse algo do tipo que não era um filme hollywoodiano por não ter sido feito nos EUA. Hollywoodiano é um adjetivo que se estende para além das fronteiras geográficas. Serve para designar filmes com narrativas cinematográficas clássicas, montagem bem encadeada, com atos de apresentação, confrontação e resolução, e isto é só a ponta do iceberg quando pensamos numa conceituação do que seja "hollywoodiano".
Carandiru, por exemplo, não foi feito lá, mas é absolutamente hollywoodiano. Chamar a Globo de Hollywood tropical também está correto.....
Há mesmo alguma capacidade de subversão ao sistema em "Senhor dos Anéis" ou "Cidade de Deus" ?
Creio que não. Vivemos o tempo das formas clássicas - que forjam ser inovadoras- que garantem a existência dos produtos culturais. Somos todos vítimas e cúmplices de nossos olhares viciados ....
Sobre Matrix I, concordo com a importância do filme quanto ao progresso nos efeitos especiais. Mas continuo insistindo que teria sido mais impactante se tivesse sido lançado no início da década de 90 e não em seu final, após a "Revolução Informática".
Márcio Rodrigo
Sobre a premiação de "Cidade de Deus" claro que torcerei para que o filme leve uma única estatueta que seja. Como observa Darlan, a quebra de um tabu e o desprendimento definitivo desta fixação que temos por este prêmio ajudará nos rumos que nosso cinema pode tomar.
Mais que isto, a vitória dá munição aos realizadores para conseguirem políticas mais efetivas para o setor em um momento em que o Minc convida a classe para discussão de uma Lei Geral do Audiovisual e a transformação da Ancine em Ancinav. Também estimula que empresas invistam ainda mais no setor cultural que hoje dá mais empregos que a indústria automobilística no Brasil.
As indicações também gerarão polêmicas vindas dos "ressentidos do Cinema Novo". Claro que as "viúvas de Glauber", como a crítica e intelectual Ivana Bentes, dirão que a indicação confirma a estetização da miséria, a estética publicitária do filme e blá, blá, blá....... não vale a pena sequer repassar isto. Fernando Meirelles e equipe são melhores que todas as críticas.
Quanto aos "Anéis" vão se eles, ficam-se os dedos.... sim, eles levarão várias estatuetas e a questão está que na "narrativa " de sempre, o maniqueismo, o escapismo e tudo aquilo que Hollywood aprendeu a fazer para se tornar a maior matriz de ficção do planeta, fabricando, na maioria dos casos, sonhos com lugares alhures e inexistentes .... nada de novo sobre o sol, mas os fãs do "Senhor dos Anéis" não pensam isto claro. Respeito.
Quanto ao fato de serem feitos na Nova Zelândia, hoje existe uma entidade chamada AFCI que hospeda sites de cidades no mundo todo, explicando tudo que cada uma pode oferecer para a realização de uma produção cinematográfica. Largamente utilizada por produtores. Legal que "Os Anéis" tenham eleito a Nova Zelândia.
Anderson em uma de suas respostas me disse algo do tipo que não era um filme hollywoodiano por não ter sido feito nos EUA. Hollywoodiano é um adjetivo que se estende para além das fronteiras geográficas. Serve para designar filmes com narrativas cinematográficas clássicas, montagem bem encadeada, com atos de apresentação, confrontação e resolução, e isto é só a ponta do iceberg quando pensamos numa conceituação do que seja "hollywoodiano".
Carandiru, por exemplo, não foi feito lá, mas é absolutamente hollywoodiano. Chamar a Globo de Hollywood tropical também está correto.....
Há mesmo alguma capacidade de subversão ao sistema em "Senhor dos Anéis" ou "Cidade de Deus" ?
Creio que não. Vivemos o tempo das formas clássicas - que forjam ser inovadoras- que garantem a existência dos produtos culturais. Somos todos vítimas e cúmplices de nossos olhares viciados ....
Sobre Matrix I, concordo com a importância do filme quanto ao progresso nos efeitos especiais. Mas continuo insistindo que teria sido mais impactante se tivesse sido lançado no início da década de 90 e não em seu final, após a "Revolução Informática".
Márcio Rodrigo
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