sexta-feira, janeiro 23, 2004

Vida na Privada

Não sei o que fiz de mal pra Deus, mas esta semana estou com meu estômago fazendo revoluções desde quarta-feira. Já não aguento mais.

O pior é que ontem tive de ir numa recepção a uma colega gaúcha tri-louca, a Bárbara, que pediu demissão do trabalho há um ano e se engajou em causas sociais. Nesse tempo, ela passou pelo Fórum Social das Àguas e pelo Greenpeace lá em Manaus. Agora está de passagem por Sampa, a caminho dos pampas pra ter um nenê. Isso mesmo, ela está grávida de cinco meses. O marido continua em Manaus, o holandês Frank. Gente boa ele.

Mas o fato é que ontem eu fui vê-la e dar lhe um abraço, mas com o estômago parecendo uma máquina de lavar roupa. Girava pra um lado e pro outro. Detalhe, só tinha eu de homem lá e umas dez mulheres, porque era tipo um chá de bebê. Depois de umas duas horas chegou mais um homen, meu colega de trabalho Uilson, também gaúcho e amigo da Bárbara desde os tempos de Zero Hora deles. Isso foi há uns dez anos.

Bom, voltando ao meu drama, eu precisava ir ao banheiro urgente, desde a hora que eu tinha chegado no apê do chá de bebê, mas fiquei com muita vegonha. Quando reparei que todas as moças estavam ali conversando na sala, sem se levantar há um tempão, dei aquela sumidinha estratégica.

Mas parece que justo quando eu estou no trono, todo mundo decide usar o banheiro. Primeiro ouvi vozes se aproximando, depois alguém tentou abrir a aporta e disse: "Ôou, acho que tem gente". Depois mais alguém tentou entrar e forçou a maçaneta. Como o único banheiro do apartamento ficava dentro do quarto, as pessoas não saiam do recinto, ficavam lá, conversando.

Quando eu saí, tinha uma fila na porta.

Moral da história é a seguinte: perdi a vergonha de usar o banheiro na casa dos outros.

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