A Casa do Jesus Ditoso e o Evangelho segundo os Budas
Estranho esssa aproximação entre duas peças aparentemente tão díspares em cartaz em São Paulo. Mas a comparação após assistí-las surge quase que de maniera inevitável.
Tanto a "overdose" de sexo da protagonista sexagenária dos Budas Ditosos quanto o orgulho e vaidade desmedidos de Deus em "O Evangelho" nos leva a crer que todos os pecados capitais vêm atrelados uns aos outros e nascem do excesso.
Como diz a personagem de Ubaldo no final: " Não, não posso ser acusada de luxúria já que fiz sexo não contrariando minha natureza mas apenas para atender minhas necessidades". À mesma maneira quando Deus diz ao Diabo na peça inspirada em Saramago "Para que eu seja o BEM absoluto alguém tem que continuar sendo Mal...". De onde encontramos no meio da dicotomia e dos pecados a dialética de viver. No centro de tudo, a tudo atribuindo significado e querendo dar sempre sentido à vida o Homem. Em ambos os espetáculos esta figura é fundamental.
Em "O Evangelho" se desfaz a figura do Cristo mítico para trazê-lo a cena com medos e dúvidas... Cristo é capaz de amar carnalmente Maria Madalena e quando a senhora baiana surge para relatar sua vida promíscua por opção parece que estamos diante à Maria Madalena após a morte de Cristo relatando sua vida... há inclusive o relacionamento de um irmão, que ela tanto deseja e elege como o mais importante relacionamento de sua vida. Incesto ? Não, metáfora....pois afinal, como escreveu um dia Clarice Lispector "havia descobrto que era mais fácil ser um santo do que ser um homem..."
Expressão do Desejo de todos, independente dos "evangelhos" e "dogmas" que seguem de sermos ditosos !
Márcio Rodrigo
Estranho esssa aproximação entre duas peças aparentemente tão díspares em cartaz em São Paulo. Mas a comparação após assistí-las surge quase que de maniera inevitável.
Tanto a "overdose" de sexo da protagonista sexagenária dos Budas Ditosos quanto o orgulho e vaidade desmedidos de Deus em "O Evangelho" nos leva a crer que todos os pecados capitais vêm atrelados uns aos outros e nascem do excesso.
Como diz a personagem de Ubaldo no final: " Não, não posso ser acusada de luxúria já que fiz sexo não contrariando minha natureza mas apenas para atender minhas necessidades". À mesma maneira quando Deus diz ao Diabo na peça inspirada em Saramago "Para que eu seja o BEM absoluto alguém tem que continuar sendo Mal...". De onde encontramos no meio da dicotomia e dos pecados a dialética de viver. No centro de tudo, a tudo atribuindo significado e querendo dar sempre sentido à vida o Homem. Em ambos os espetáculos esta figura é fundamental.
Em "O Evangelho" se desfaz a figura do Cristo mítico para trazê-lo a cena com medos e dúvidas... Cristo é capaz de amar carnalmente Maria Madalena e quando a senhora baiana surge para relatar sua vida promíscua por opção parece que estamos diante à Maria Madalena após a morte de Cristo relatando sua vida... há inclusive o relacionamento de um irmão, que ela tanto deseja e elege como o mais importante relacionamento de sua vida. Incesto ? Não, metáfora....pois afinal, como escreveu um dia Clarice Lispector "havia descobrto que era mais fácil ser um santo do que ser um homem..."
Expressão do Desejo de todos, independente dos "evangelhos" e "dogmas" que seguem de sermos ditosos !
Márcio Rodrigo
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial