domingo, setembro 26, 2004

O DONO DA HISTÓRIA

Nenhum título de filme poderia ser mais significativo para mim, às vésperas de completar três décadas, do que "A Dona da História", que assisti ontem em pré-estréia em Sampa.
O filme que abriu o Festival do Rio na quinta é a prova de que quando a Globo Filmes quer sabe realizar produções absolutamente GENIAIS, bem longa da pasmaceira mal -dirigida, empostada e mal-interpretada que é um filme como "Olga", por exemplo.
"A Dona...", com texto de João Falcão, construindo com diálogos singelos, e por isso geniais, que lhe conferem caráter absolutamente humano e crível, é contada em diversos tempos, mesclando diversos possíveis narrativos que podem acontecer, dependendo do rumo que a protagonista, Marieta Severo, pode dar a sua vida dependendo da escolha que fizer durante sua juventude, na qual é interpretada por Débora Falabella. Não preciso dizer, que Marieta está afiadíssima e Débora tem o timming certo para ser seu contraponto
na juventude.

Um filme, para mim, é bom quando saio do cinema e ele me induz a rever alguns comportamentos e atitudes que tenho para com a vida. "A Dona da História" me fez isto. Não faltam mais 30 anos para alcançar os 50, momento de balanço na vida de qualquer pessoa que pense um ´mínimo sobre a existência. Faltam apenas 20 agora... o que eu quero protagonizar até lá ??!!!! O filme ainda está na minha cabeça....




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