Considerações Cinematográficas
Anderson e eu fomos ao cinema de sexta a segunda todos os dias, nas 2 hs de folga que nos demos nesses dias todos de trabalho (sim, incluindo o final de semana inteiro). Hoje já estou com síndrome de abstinência, esse negócio vicia.
Plano de Vôo: Anderson não vai concordar, mas eu digo: não vale a pena. parece "Quarto do Pânico", parece o horrível "Os Esquecidos" e parece que a Jodie Foster pirou depois que se tornou mãe. A única coisa que ela quer é salvar sua filha de perigos insanos. Detalhe: ela é mãe de dois meninos e casada com uma mulher. Nem Freud explica. O filme tem um clima legal no começo, é claustrofobia pura, mas tudo se esvai em um final deprimentemente americano e absurdo.
Senhor das Armas: Sensacional. Da estirpe, como lembrou bem meu esposo, de "O Clube da Luta", provocador, irônico. É um filme que se passa quase todo na África mas, ao contrário de Meirelles, o diretor Andrew Niccol não tem um olhar sensível. É uma câmera irônica, que mostra que a desgraça é tamanha que deve ser piada. Há um momento que poderia estar em "O Jardineiro Fiel": quando o irmão do personagem de Nicolas Cage vê uma criança sendo assassinada com golpes de facão por nada. Triste - mas não, eu não chorei. A exclusividade como o provocador do maior choro da minha vida no cinema é o Meirelles... e a história dos meus pais na África, claro - acho que isso merece um post...
Nicolas Cage está bem como eu não via desde "Despedida em Las Vegas". O triste é ver um filme desses no sábado - com dados reais como um contando que depois da queda do Muro de Berlim 32 bilhões de dólares em armas sumiram da Ucrânia e ninguém notou - e no dia seguinte ver o não ganhar com maioria esmagadora. Mais triste foi a manchete do "Estado de Minas" de hoje: "Sim só foi maioria nos redutos mais pobres e de maior violência".
A Noiva-Cádaver: Ah, isso sim é Tim Burton. Irônico, sarcástico, detalhista. Esqueçam aquela coisa chamada "Peixe-Grande" e até "A Fantástica Fábrica de Chocolate", que é bom. Desenho para adultos mesmo, com sacadas sensacionais com uma animação de fazer inveja a muito estúdio Disney por aí. E os olhos dos bonecos, que coisa fofa! E os detalhes da noiva fantasminha, o machucado na cara, os olhos roxos? Muito bom mesmo, vale muito a ida ao cinema.
Good Night and Good Luck: Não basta o homem ser lindo ele tem que ser bom diretor? Impressionante! George Clooney dá um show na direção desse filme curtinho, 1h30 de bom cinema e uma aula de jornalismo. E com uma ironia pura: os EUA não aprenderam mesmo com a caça às Bruxas da década de 50 e hoje fazem tudo de novo. É um filme tenso, de estúdio, com diálogos precisos. Imperdível, pena que só estréia em março.
Anderson e eu fomos ao cinema de sexta a segunda todos os dias, nas 2 hs de folga que nos demos nesses dias todos de trabalho (sim, incluindo o final de semana inteiro). Hoje já estou com síndrome de abstinência, esse negócio vicia.
Plano de Vôo: Anderson não vai concordar, mas eu digo: não vale a pena. parece "Quarto do Pânico", parece o horrível "Os Esquecidos" e parece que a Jodie Foster pirou depois que se tornou mãe. A única coisa que ela quer é salvar sua filha de perigos insanos. Detalhe: ela é mãe de dois meninos e casada com uma mulher. Nem Freud explica. O filme tem um clima legal no começo, é claustrofobia pura, mas tudo se esvai em um final deprimentemente americano e absurdo.
Senhor das Armas: Sensacional. Da estirpe, como lembrou bem meu esposo, de "O Clube da Luta", provocador, irônico. É um filme que se passa quase todo na África mas, ao contrário de Meirelles, o diretor Andrew Niccol não tem um olhar sensível. É uma câmera irônica, que mostra que a desgraça é tamanha que deve ser piada. Há um momento que poderia estar em "O Jardineiro Fiel": quando o irmão do personagem de Nicolas Cage vê uma criança sendo assassinada com golpes de facão por nada. Triste - mas não, eu não chorei. A exclusividade como o provocador do maior choro da minha vida no cinema é o Meirelles... e a história dos meus pais na África, claro - acho que isso merece um post...
Nicolas Cage está bem como eu não via desde "Despedida em Las Vegas". O triste é ver um filme desses no sábado - com dados reais como um contando que depois da queda do Muro de Berlim 32 bilhões de dólares em armas sumiram da Ucrânia e ninguém notou - e no dia seguinte ver o não ganhar com maioria esmagadora. Mais triste foi a manchete do "Estado de Minas" de hoje: "Sim só foi maioria nos redutos mais pobres e de maior violência".
A Noiva-Cádaver: Ah, isso sim é Tim Burton. Irônico, sarcástico, detalhista. Esqueçam aquela coisa chamada "Peixe-Grande" e até "A Fantástica Fábrica de Chocolate", que é bom. Desenho para adultos mesmo, com sacadas sensacionais com uma animação de fazer inveja a muito estúdio Disney por aí. E os olhos dos bonecos, que coisa fofa! E os detalhes da noiva fantasminha, o machucado na cara, os olhos roxos? Muito bom mesmo, vale muito a ida ao cinema.
Good Night and Good Luck: Não basta o homem ser lindo ele tem que ser bom diretor? Impressionante! George Clooney dá um show na direção desse filme curtinho, 1h30 de bom cinema e uma aula de jornalismo. E com uma ironia pura: os EUA não aprenderam mesmo com a caça às Bruxas da década de 50 e hoje fazem tudo de novo. É um filme tenso, de estúdio, com diálogos precisos. Imperdível, pena que só estréia em março.
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