domingo, janeiro 11, 2004

Senhor dos Anéis

Queria lançar um novo assunto. O título da matéria do NY Times é "Por que as mulheres não gostam de "Senhor dos Anéis"? .

http://ultimosegundo.ig.com.br/useg/nytimes/artigo/0,,1459863,00.html

Eu perguntaria o contrário. Pelas mulheres que conheço e pelo que conheço da
Lyara e Helena perguntaria: Por que as mulheres gostam de Senhor dos Anéis?

Eu odeio. Bocegei durante todo o primeiro. Me recusei a ver o segundo e nem
sei do que se trata o terceiro. Da mesma forma que nunca vi graça em Guerra
nas Estrelas, também não vejo graça nos robitts e frodos... Preferiria muito
maia a continuação de Almas Gêmias...

Mas enfim, gostaria de saber - como coloca a autora - a graça de procurar os
dragões no canto da tela....

Não consigo enxergar a condição humana nessas histórias.

Adoro 2001 de Kubric, como adoro X-Man (Sim Edson, a discussão do preconceito é fantástica), como adorei o Matrix 1 (que abria a possibilidade
de inúmeras discussões do real), como também odiei a sequência, justamente
porque utiliza os mesmo batidos arquétipos numa historinha de aventuras com
efeitos já saturados.

O meu distanciamento com o Guerra nas Estrelas partiu sim de preconceito -
sempre achei a máscara do Darth Werder tão tosca quanto as vendidas na 25 de Março e nunca entendi a graça naquelas espadinhas de luz - nem consegui fazer ou ouvi nenhum dialogismo interessante.

Mas o fato que sempre me deu bode, da mesma forma quando vi o Senhor dos Anéis 1 é essa história de bem e mal. Aliás não tenho dúvida, que o George Lucas leu Tlkien. Os entendidos vão dizer que são conceitos bem distintos em cada um dos filmes. Mas para mim é sempre foi muita fantasia para poucos conceitos e valores. Essa história de força, de energia sempre achei muito mais próximo do esoterismo do que da condição humana.

Nada contra a fantasia, o problema é que não consigo extrair nada além da
discussão de bem e mal e luta pelo poder nestas aventuras. Acho muito pouco
para tantos personagens e tanta imaginação.

Não acho nem um pouco que sonhar seja vulgar. Acho, o entanto, que é muita
metáfora para o mesmo referente. É claro que não existem bem e mal absolutos. O demônio são os outros e somos nós também...

O que mais me irrita é que para os que gostam destes universos parece que
rever os filmes não basta, é preciso saber detalhes dos personagens, ler
obras paralelas, ter o seu robbit paralelo, saber em que cena o quarto
dragão vermelho aparece no canto direito da tela, entre outras. O universo
da saga parece consumir mais o tempo de diálogo sobre o filme do que os
conceitos que as metáforas ilustram.

Para alguns o filme funciona, para outros não. Mas tenho minhas dúvidas que exista mais complexidade e riqueza na discussão do bem e mal, e da condição humana no Senhor dos Anéis, do que em filmes como Sobre Meninos e Lobos ou em A Última Noite.

Darlan

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